IA nas salas de aula, mitos do open-source e o reinado de US$ 2 bi do ChatGPT

Professores chamam a IA em sala de “mediana”, IA open-source é cara, app do ChatGPT alcança US$ 2 bi, Hinton pede empatia, Anthropic proíbe uso em armas de destruição em massa, tráfego do Google cai, vendas de PCs com IA da Lenovo disparam, otimismo com IA divide opiniões, Premier League aposta em engajamento de torcedores com IA.

📈 App do ChatGPT ultrapassa US$ 2 bi e deixa rivais para trás: o aplicativo móvel da OpenAI faturou US$ 2 bilhões desde 2023, sendo US$ 1,35 bi só em 2025. Supera Claude, Grok e Copilot em 30 vezes nos gastos. Com custo de US$ 2,91 por instalação, mostra não só popularidade, mas também alta rentabilidade.
https://qz.com/openai-chatgpt-mobile-app-makes-2-billion

🧸 Brinquedos com IA voltados para crianças: uma startup está criando bichos de pelúcia com personalidades de IA embutidas que conversam, aprendem e se adaptam, despertando entusiasmo, mas também preocupações de privacidade entre os pais.
https://www.nytimes.com/2025/08/15/arts/ai-toys-curio-grem.html

🫶 Pioneiros da IA dizem que empatia é nossa última defesa: Geoffrey Hinton e Yann LeCun defendem que sistemas de IA precisam ter “instintos maternos” — empatia e submissão — incorporados para permanecerem alinhados aos humanos. Sem isso, Hinton alerta: “vamos virar história”.
https://techcrunch.com/2025/08/15/chatgpts-mobile-app-has-generated-2b-to-date-earns-2-91-per-install/

☢️ Anthropic endurece regras para bloquear ajuda em ADM: a empresa atualizou sua política de uso para proibir explicitamente que o Claude auxilie no desenvolvimento de armas químicas, biológicas, radiológicas ou nucleares. A medida surge em meio à crescente preocupação com o potencial de abuso em larga escala da IA agente.
https://www.theverge.com/news/760080/anthropic-updated-usage-policy-dangerous-ai-landscape

🚶 Claude aprende a encerrar conversas: a Anthropic afirma que sua IA agora pode encerrar de forma proativa chats nocivos ou abusivos, buscando tornar assistentes digitais mais seguros e próximos do comportamento humano.
https://www.bleepingcomputer.com/news/artificial-intelligence/anthropic-claude-can-now-end-conversations-to-prevent-harmful-uses/

📉 Queda de tráfego no Google associada a AI Overviews: novos dados mostram que o tráfego de referência do Google Search caiu até 25% para algumas marcas de mídia desde o lançamento dos resumos com IA. Apesar das negativas do Google, editores afirmam que as taxas de cliques despencaram rapidamente.
https://digiday.com/media/google-ai-overviews-linked-to-25-drop-in-publisher-referral-traffic-new-data-shows/

💻 PCs com IA impulsionam vendas recordes da Lenovo: a Lenovo registrou receita de US$ 18,8 bilhões no 1º trimestre, alta de 22% ano a ano, impulsionada pela demanda crescente por PCs com IA e equipamentos de data center. Mais de 30% dos PCs enviados tinham chips de IA, garantindo à Lenovo a liderança no mercado de Windows AI PC.
https://www.techspot.com/news/109083-lenovo-achieves-record-sales-strength-ai-pcs-data.html

🤔 Sentimento global sobre IA se divide por economia: pesquisa em 21 países mostra que economias emergentes como Índia e Quênia são mais otimistas com a IA, enquanto países ocidentais tendem à neutralidade ou ceticismo. Nos EUA, 34% têm visão negativa — mais que o dobro da taxa da Índia.
https://www.visualcapitalist.com/survey-how-21-countries-view-artificial-intelligence/

 ⚽ Premier League aposta na IA para engajar fãs: em parceria com a Adobe, a liga inglesa agora usa IA generativa para personalizar experiências digitais, potencializar ferramentas de fantasy football e permitir que torcedores criem conteúdos customizados. A ideia é usar a IA como companheira criativa, e não apenas como suporte de bastidor.
https://www.zdnet.com/article/5-ways-to-successfully-integrate-ai-agents-into-your-workplace/

Professores dizem que IA em salas de aula é “mediana”, estudantes ainda precisam de orientação humana.

As escritoras do New York Times Tressie McMillan Cottom e Jessica Grose argumentam que o papel da IA na educação é superestimado, classificando-a como uma “tecnologia mediana” — mais comum do que revolucionária. Elas alertam que ferramentas como o ChatGPT achatam o processo de aprendizagem, encurtando o pensamento crítico e substituindo a descoberta pela simples repetição. Em vez de apoiar a educação, a IA muitas vezes transfere risco e responsabilidade para os estudantes, que são pressionados a adotá-la sem compreender suas falhas. Enquanto isso, professores ficam encarregados de lidar com seu uso sem orientação ou supervisão reais.
Ainda assim, muitos educadores estão se adaptando com criatividade e cuidado. Em vez de proibir a IA de forma absoluta, alguns professores de humanidades estão redesenhando suas aulas para enfatizar comunidade, diálogo e experiência vivida. De discussões em grupo em bibliotecas públicas a códigos de conduta co-criados em sala de aula, essas práticas colocam no centro a autonomia e a conexão dos alunos. Ao fazer isso, reforçam uma crença essencial: o aprendizado real é social, emocional e desordenado — tudo o que a IA não é.
https://www.nytimes.com/2025/08/12/opinion/ai-college-classrooms-chatgpt.html

A próxima evolução no desenvolvimento de software

Na Microsoft Build 2025, um agente Copilot com IA resolveu automaticamente um bug em produção ao vivo em menos de dois minutos — de forma totalmente autônoma, sem qualquer entrada de código humano. Essa demonstração histórica marcou a estreia pública do Agentic DevOps. O novo termo representa uma evolução significativa na engenharia de software, em que agentes de IA colaboram ativamente com desenvolvedores para gerenciar o ciclo de vida do desenvolvimento de software (SDLC).
Essa abordagem se baseia no DevOps tradicional ao implantar agentes autônomos de IA capazes de raciocinar, planejar e executar tarefas com supervisão humana. Esses agentes vão além das sugestões básicas de código, lidando com fluxos de trabalho complexos como geração de funcionalidades, testes e resolução de incidentes.
https://www.forwardfuture.ai/p/agentic-devops-a-deep-dive-into-the-ai-native-sdlc

Estudo mostra que o open-source consome mais poder de computação do que se imagina.

Um novo relatório da Nous Research revela um custo oculto da IA open-source: a ineficiência. Embora modelos abertos possam oferecer preços mais baixos por token, eles frequentemente consomem muito mais tokens por tarefa — às vezes até 10 vezes mais — do que sistemas fechados como os da OpenAI ou da Anthropic. Isso significa mais computação, mais energia e, no fim, contas mais altas para empresas que apostam na IA aberta como forma de economizar. A ineficiência fica ainda mais evidente em tarefas básicas de conhecimento, onde os modelos abertos tendem a complicar respostas simples.
Já os modelos fechados estão sendo ativamente otimizados para eficiência de tokens — comprimindo o raciocínio e reduzindo os custos de inferência. A lição para os compradores de IA é clara: não se deixe enganar pelo preço inicial. Na corrida pela adoção empresarial, modelos que devoram computação podem perder espaço, não por serem menos inteligentes, mas por serem menos eficientes.
https://venturebeat.com/ai/that-cheap-open-source-ai-model-is-actually-burning-through-your-compute-budget/