Apesar dos avanços impressionantes da inteligência artificial (IA), os superprevisores humanos ainda superam as máquinas na previsão de eventos futuros. Torneios realizados pela plataforma Metaculus entre 2024 e 2025 demonstraram consistentemente que os melhores humanos continuam à frente das IAs, embora a diferença esteja diminuindo a cada trimestre .CO/AIVox
Por que os humanos ainda lideram?
Superprevisores humanos—indivíduos com habilidades excepcionais de previsão—superam as IAs em aspectos como consistência lógica, pesquisa contextual e raciocínio transparente. Eles aplicam métodos deliberados e refinados que as IAs ainda não conseguem replicar completamente. Por exemplo, um estudo da Universidade da Califórnia, Berkeley, utilizou modelos de linguagem com técnicas de “scaffolded prompting” e ajuste fino, alcançando 71,5% de acerto em previsões. No entanto, a média de acerto dos humanos foi de 77%, indicando que, apesar dos avanços, as IAs ainda não atingiram o nível dos melhores humanos .
O que está funcionando para a IA?
Curiosamente, abordagens simples têm mostrado resultados promissores. Um modelo de IA que apenas coletava artigos de notícias recentes e solicitava previsões ao modelo o1 da OpenAI superou sistemas mais sofisticados, embora ainda não tenha alcançado o desempenho humano .CO/AI
Além disso, estudos indicam que a colaboração entre humanos e IAs pode melhorar a precisão das previsões. Um experimento com 991 participantes mostrou que assistentes de IA aumentaram a precisão das previsões humanas em até 41% .arXiv
O desafio cultural
Mesmo que as IAs eventualmente superem os humanos em precisão, a aceitação por parte de tomadores de decisão pode ser um obstáculo. A confiança em previsões geradas por máquinas ainda é limitada, e a transparência nos processos de raciocínio das IAs é uma preocupação. Assim como ocorreu com a adoção da Wikipedia, a aceitação das previsões de IA dependerá de uma mudança cultural e da demonstração contínua de sua utilidade e confiabilidade .Vox
Conclusão
Enquanto as IAs continuam a evoluir, os superprevisores humanos mantêm uma vantagem, especialmente em tarefas que exigem julgamento contextual e raciocínio complexo. No entanto, a colaboração entre humanos e IAs mostra-se promissora, sugerindo que o futuro da previsão pode residir na combinação das forças de ambos.